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14 de fev. de 2013

Não quero mais nossa cama vazia



Juro que não queria. Não queria acordar e não te ver ao meu lado. Não queria ir dormir na cama vazia. Não queria que sua escova sumisse do meu banheiro. Mas fiz todas as escolhas erradas. Fiz tudo o que não deveria fazer. Achei que você me amava demais para se incomodar com meu egoísmo, meu comodismo, minha falta de jeito, minha falta de tempo. Pensei que seu amor resistiria à distância e frieza que eu impus em nossa relação. Se eu soubesse naquela época o que sei hoje. Se eu sequer imaginasse que, se eu não dissesse -se eu não te provasse- que meu amor é real, você não teria como acreditar... Ah eu faria muito diferente! Eu acordaria mais cedo em um dia qualquer, pra preparar as panquecas com café fresco que você toma todos os dias. Eu me lembraria do seu aniversário todos os anos, aliás, me lembraria de todos os nossos aniversários: da primeira vez que nos vimos, da primeira vez que ficamos a sós, do nosso primeiro beijo, da nossa primeira briga, da nossa primeira transa, a primeira vez que você passou a noite na minha casa, até mesmo a primeira vez que eu você pintou o cabelo. Se eu soubesse o quão importante é pra você ir ao teatro de vez em quando, eu te levaria para ver todas as peças do mundo, e fingiria que adorei todas. Se eu soubesse que você queria que eu fosse mais vezes na sua casa, juro, eu não sairia de lá.
Mas como eu poderia saber se você não me contou? E como você poderia me contar se eu nunca estava lá? Nunca estava lá pra comemorar seu emprego novo, ou elogiar seu vestido, nem para te apoiar quando perdeu o emprego, ou me empanturrar de chocolate com você na sua terrível TPM. Eu estava sempre preso no bar com os amigos, ou na frente da TV vendo o jogo do meu time, ou de qualquer time de merda da segunda divisão. Estava ocupado demais com assuntos da empresa, ou com as contas do mês que não fechavam. Mas hoje eu finalmente soube que para estar do seu lado é preciso merecer sua companhia, e, soube também que eu não mereço. Não mereço ver as ruguinhas que se formam nos seus olhos quando você ri, nem seu cabelo bagunçado de manha. Não estou á altura de tamanho privilégio. Não sou digno dos seus abraços, dos seus beijos e do seu amor. Por isso não quero que volte para mim. Quero apenas que me perdoe por não saber retribuir a grandeza do amor que você me ofertou.

9 de dez. de 2012

Que as palavras façam renascer os sonhos que abadonei

Havia desistido, confesso. Com o tempo, escrever deixou de fazer parte do meu dia-a-dia. Não conseguia mais lidar com as palavras confusas que tentavam fluir para o papel, sem nenhuma coerência. A frustração tomava conta de mim a cada frase mal escrita, a cada texto inacabado. Então, eu preferi abandonar o que por anos foi a minha única rota de fuga desse mundo insano. Deixei para trás a minha escapatória, e usei a realidade como uma ancora. Eu me afundei cada vez mais em um mundo que oprimia a mim e aos meus sentimentos.
Após cada boa leitura, eu pensava, "Pena, já não sei mais escrever", e aos poucos aprendi a conviver com essa ideia. Estava decidida a ser bióloga e biólogos não tem tempo para essa bobagens, certo? Como eu estava enganada. Como pude chamar de bobagem os textos que sempre traduziram toda a conturbação que existia -e ainda existe- dentro e fora de mim?
Errei ao abandonar aquilo que mais me fazia bem, e por isso me perdi de meus sonhos e de mim mesma. Mas hoje eu entendo que preciso continuar escrevendo, não que eu seja boa nisso, não que o mundo precise de meus textos, mas minha alma clama pela liberdade que só as palavras lhe oferecem.

20 de fev. de 2012

Livros para fugir do carnaval

Não faz muito o meu tipo, ficar em meio a multidão, pulando e ouvindo axé, samba ou qualquer coisa do tipo. Sou mais daquelas que se tranca no quarto, que pega um livro bem envolvente e se perde por horas em histórias fictícias ou reais. Sinceramente, gosto de festa, de animação e de uma boa bagunça, só não gosto do carnaval, dessa data forçada em que o Brasil inteiro parece ser obrigado a sorrir. Mas esse post não é para falar sobre minhas convicções sobre essa data, e sim sobre indicações de livros para ocupar seu tempo neste feriado.


A menina que roubava livros
Estou lendo esse livro pela segunda vez, é uma daquelas histórias envolventes que a cada página deixam na boca um gostinho de quero mais. É quase impossível parar de ler a história da alemã Liesel Meminger e de seu amigo judeu Max Vandenburg.download

O noivo da minha melhor amiga
A trama em si é bem simples, e explicada pelo próprio título. Entretanto, é interessante como a personagem principal não é vista nem como mocinha nem como bandida.Cabe ao leitor decidir de o ato de roubar o noivo da melhor amiga é ou não um ato justificável. download

A Cabana
O livro é quase uma oração. Nos mostra Deus de forma diferente, e mesmo que nem tudo o que o autor nos proponha seja fácil de digerir, a leitura é fantástica.Trata de perdão e de uma forma mais amigável de nos relacionarmos com o Criador. download




14 de fev. de 2012

Vamos rir? Como dar remédio para o seu gato

Como estou em uma crescente onda de bom humor (porque depois de muita confusão consegui me matricular na UFMG) decidi criar a tag Vamos rir? Vou postar vídeos, tirinhas e tudo mais que eu encontrar de engraçado na internet. Se você tem alguma dica, deixe ali nos comentários.
Para começar um vídeo do programa de rádio Graffite, Como dar remédio para o seu gato.

13 de fev. de 2012

Ne me quitte pas



O COMPOSITOR -  Jacques Brel

Nascido em 8 de abril de 1929 em Bruxelas (Bélgica), Jacques Brel mostrou desde cedo o seu interesse pela arte. Aos quinze anos colabora com a criação de um grupo de teatro, atua em várias peças, escreve pequenas histórias e interpreta ao piano alguns improvisos para poemas que ele próprio escreveu. No início dos ano 50 vai para Paris, para investir em sua carreira como cantor e, em 1954 já grava o seu primeiro álbum.  Ao longe de sua vida Jacques obtém grande sucesso como ator, cantor e compositor. Jacques faleceu em 1978, por câncer no pulmão, mas suas músicas são interpretadas e traduzidas por artistas de diversos países até mesmo nos dias atuais, eternizando a história de Jacques Brel.


O INTÉRPRETE - Brian Molko

Nascido em 10 de dezembro de 1972, também em Bruxelas, Brian morou em vários países durante sua infância devido a profissão de seu pai, que era banqueiro internacional. Em 1990 foi para Londres estudar artes dramáticas.Em 1994 formou, com Stefan Olsdal, a banda Ashtray Heart, hoje chamada de Placebo, na qual Brian é o vocalista. O som alternativo da banda chama a atenção assim como o estilo de Brian Molko, que inclui maquiagem exagerada e peças femininas.
Integrantes da banda Placebo

Brian Molko - Vocal, guitarra, teclado 
Stefan Olsdal - Baixo, teclado, guitarra, backing vocal
Steve Forrest - Bateria
Fiona Brice - Apoio vocal, teclado e violino
Nick Gravilovich - Guitarra e teclado
William Lloyd - Baixo, guitarra e teclado

Para saber mais sobre a banda clique aqui


7 de fev. de 2012

Um copo de café com comodismo, por favor



Ela olha para o café, que já esfriou há alguns minutos. Seus pensamentos não a deixam beber. Há quanto tempo ela vai na mesma lanchonete, tomar o mesmo café, todos os dias? Há quanto tempo está presa no mesmo emprego, com os mesmos amigos, o mesmo marido e a mesma vida? E, o mais importante, há quanto tempo começou a se questionar sobre isso?
Lembra-se de um tempo em que sua rotina era agradável, ir para o emprego não era torturante, sair com os amigos era divertido e ser casada lhe dava prazer. Hoje, ela espera cinco minutos dentro do carro antes de entrar em casa ou no escritório. Tenta aceitar sua vida, afinal, foram escolhas próprias que a levaram até ali, e não havia volta. Mas, bem lá no fundo, a moça sabe que nenhuma escolha tem que ser eterna, basta uma decisão para mudar tudo. Mesmo assim, não está disposta a trocar de casa, de marido ou de emprego, é trabalhoso demais. Sua vida pode não ser a mais divertida, mas com certeza é a mais cômoda. Por isso, ela prefere ver seu café esfriar, enquanto tenta acreditar que é feliz.

6 de fev. de 2012

Foi pela sua amizade


Fim de setembro, início de primavera. Você poderia ser confundida com margaridas enquanto usava seu vestido florido. Me lembro de ter sentido uma pontada de inveja. Como você conseguia ser tão feminina, tão delicada, tão graciosa? Eu não tinha nenhuma dessas qualidades, era exatamente o contrário. Normalmente eu me contentava em ser a forte, a prática, a decidida. Mas naquele dia eu queria me livrar do peso de ser forte. Eu queria me assumir frágil, e pedir colo para alguém. Justo eu, do alto da minha segurança, me deixei envolver demais, logo eu, que estava sempre protegida por uma muralha de orgulho próprio, estava ali, quase desabando.
Você não jogou na minha cara que eu disse "nunca me apaixonaria por alguém assim", não mencionou a dieta que eu havia começado uma semana antes, muito menos me olhou com cara de piedade. Apenas me ouviu resmungar e reclamar, como um criança chorona, enquanto nos empanturrávamos de sorvete. Não parece importante, talvez você nem se lembre disso, mas foi naquele dia que eu notei que suas atitudes simples e seu jeito carinhoso mantinham nossa amizade firme, e que nossa amizade era tudo o que eu precisava, nos momentos tristes e alegres, para me manter segura.

1 de fev. de 2012

Unhas anime


Não sou muito de falar de unhas por aqui, mas encontrei no blog Vício de Menina essa unha/pokebola, e como sou fã de animes, não pude deixar de postar. É super simples de fazer, e fica uma graça.

Aproveitando o tema, pesquisei mais unhas relacionadas a animes, admito que algumas são meio exageradas e nem tão fáceis de fazer, mas nem por isso deixam de ser fofas.