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7 de jan. de 2011

Contar aviões

Agora ela passa as noites olhando para o céu. Não para ver as estrelas, mas os aviões. Sim, ela esperava que um daqueles aviões que cruzam a escuridão trouxesse o seu amado de volta.
Ela sabia que ele preferia voar a noite, sentia-se confortável no escuro, ela só sentia-se confortável em seus braços. A distância lhe trazia saudade, a saudade lhe trazia medo e o medo corroía-lhe a alma.
Temia que ele não voltasse, temia que ele gostasse do frio europeu, das garotas européias. Mas ele havia prometido . Voltaria no fim de dezembro, seria seu presente de natal. O natal passara, o ano começara e ela ficou ali, a contar aviões.

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