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23 de set. de 2010

Dor, sonhos e viagens durante a aula

_É o fim dos sonhos, não é?
_De alguns. Mas esses sonhos podem ser reconstruídos. Anime-se.
_Não quero reconstruí-los, quero vivê-los!
_E você os viverá, algum dia. Não chore...
_Não estou chorando. Só estou triste.
_Sua alma está chorando. E muito.
_Não posso controlar a minha alma. Deixe-a chorar.
_O que está deixando a sua alma triste?
_Isso não importa.
_Claro que importa. Deixe-me te ajudar.
_Essa dor já me ajuda. Essa dor sempre irá me proteger.
_É um pensamento estranho.
_O que não me mata me fortalece, lembra?
_E você será fortalecida pela dor?
_Todos nós seremos.

Escrevi esse pequeno diálogo durante a aula, enquanto pensava em minhas feridas. Elas doem, sangram, me fazem pensar em desistir, mas essa dor não é forte o bastante para me derrubar. Estou aprendendo a crescer com ela, me tornando mais forte, mais madura. Percebi que todos, em algum momento de sua vida passam por um tipo de provação e sei que, daqui a alguns anos, olharei para trás e verei essa situação não mais como um problema, e sim como um degrau para meu desenvolvimento.

Um comentário:

Lua disse...

Já senti uma dor assim encrustada em mim e realmente tem horas que ela parece nos proteger do mundo. Pelo menos você sabe que não é a única a se sentir assim e está certíssima ao dizer que essa fase pela qual está passando te ajudará no seu desenvolvimento como pessoa. Eu digo pelo menos por mim, que foi assim. E para qualquer coisa que precisar, estamos aí! Você é uma amiga que está distante, mas que eu considero muito.
Beijos!