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13 de set. de 2010

Violência no gelo - Diga não à caça às focas


Abriu os olhos e não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Havia sangue por toda a parte, tingindo tudo de vermelho. Seus pequenos irmãos não se moviam mais. O medo atingiu-lhe o coração. Estava desesperada, precisava fugir, mas não conseguia sequer se mover. Já haviam lhe contado histórias de um assassino frio e cruel, que matava sem nenhuma piedade, que era capaz de destruir dos menores, aos mais fortes e robustos animais. Porém, nunca pensou que pudesse algum dia se deparar com essa terrível criatura, o ser humano.
Os humanos ali presentes não matava por fome ou por necessidade, matavam por dinheiro e prazer. Para a pequena foca, não havia prazer nenhum. A segundos atrás, vira sua família ser assassinada com tacos de madeira. Sentia que seria a próxima vítima da estupidez humana. seus instintos gritavam para que saísse dali, porém seu corpo não a obedecia. A imagem de seus familiares se contorcendo de dor, enquanto os homens os atacavam rindo, não saia de sua mente e congelava-lhe os músculos.
Passo a passo, um homem se aproximava, com o taco já ensanguentado. a pobre foca simplesmente fechou os olhos e aceitou seu fim um golpe na cabeça foi o suficiente para matar o animal, mas não foi o bastante para saciar o desejo do h
umano. Uma, duas, três, quatro tacadas. Por fim, recolheu seu "prêmio" e saiu dali orgulhoso pela matança.

Todos os anos são mortas mais de 30 mil focas na costa russa do Mar Branco e cerca de 275 mil no Canadá. A matança ocorre sempre em cada Primavera, porque é nessa altura que as focas grávidas abandonam as águas geladas do mar para dar à luz em plena praia. Armados de paus com um espigão na ponta, os caçadores procedem então a uma trágica e dramática coreografia de espancamento das crias, que acabam por morrer numa lenta e dolorosa agonia.



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